quinta-feira, 26 de julho de 2018

Trigésima quarta aula do semestre!

Aula expositiva dialogada sobre a Revolução Cubana e comentários sobre a monocultura, na frase de José Martí: açúcar. “O povo que confia a sua subsistência a um só produto, se suicida”.  

Trigésima terceira aula do semestre!

Aula na qual, dois períodos com o professor de Geografia, foi dada sequência à leitura da obra "GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007" especificamente a leitura do subcapítulo "Em marcha lenta nas Ilhas do Caribe".

Em nossa turma tivemos a entrada de uma estudante haitiana. Então, veio bem a calhar o estudo que está sendo feito.

O fragmento a seguir do livro chamou especialmente a a tenção, juntamente com o testemunho da estudante.

Aula na qual foi dada sequência à leitura da obra "GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007" especificamente a leitura do subcapítulo "Em marcha lenta nas Ilhas do Caribe".

"Na segunda metade do século, o melhor açúcar do mundo brotava do solo esponjoso das planuras da costa do Haiti, um colônia francesa que nessa época se chamava Saint Domingue. Ao norte e a oeste, Haiti converteu-se em sorvedouro de escravos: o açúcar  exigia cada vez mais braços. Em 1786, chegaram à colônia 27 mil escravos, e no ano seguinte 40 mil. No outono de 1791, explodiu a revolução. Num só mês, setembro, duzentas plantações de cana foram tomadas pelas chamas; os incêndios e os combates sucederam-se sem trégua à medida que os escravos insurretos iam empurrando os exércitos franceses até o oceano. Os barcos zarparam carregando cada vez mais franceses e cada vez menos açúcar. A guerra derramou rios de sangue e devastou as plantações. Foi longa. O país, em cinzas, ficou paralisado; em fins do século a produção caiu verticalmente. “Em novembro de 1803 quase toda a colônia antigamente florescente, era um grande cemitério de cinzas e escombros”, [...]. A revolução haitiana tinha coincidido, e não só no tempo, com a revolução francesa, e Haiti sofreu também, na própria carne, o bloqueio contra a França da coalizão internacional: a Inglaterra dominava os mares. Porém logo sofreu, à medida que sua independência ia-se fazendo inevitável, o bloqueio da França. Cedendo à pressão francesa, o Congresso dos Estados Unidos proibiu o comércio com Haiti, em 1806. Logo em 1825, a França reconheceu a independência de sua antiga colônia, mas em troca de uma gigantesca indenização em dinheiro.
A crise do Haiti provocou o auge açucareiro de Cuba, que rapidamente converteu-se na primeira supridora do mundo. Também a produção cubana de café, outro artigo de intensa demanda no ultramar, recebeu seu impulso da queda de produção haitiana, porém, o açúcar ganhou a corrida da monocultura: em 1862 Cuba viu-se obrigada a importar café do estrangeiro. Um membro direto da 'sacarocracia' cubana chegou a escrever sobre as “profundas vantagens que se podem tirar da desgraça alheia”19. À rebelião haitiana sucederam os preços mais fabulosos da história do açúcar no mercado europeu, e em 1806 Cuba já tinha duplicado, ao mesmo tempo, os engenhos e a produtividade."
Outro ponto do livro que chamou a atenção dos estudantes foi o seguinte, tendo sido comentado pelo professor e pela estudante haitiana:

"Os cronistas de outros tempos diziam que se podia percorrer Cuba, em toda extensão, à sombra de palmeiras gigantescas e das matas frondosas, nas quais abundavam a caioba e o cedro, o ébano e dagames. Pode-se contudo admirar as madeiras preciosas de Cuba nas mesas e nas janelas de El Escorial ou nas portas do palácio real de Madri, mas a invasão da cana fez arder, em Cuba, com vários incêndios sucessivos, as melhores matas virgens que antes cobriam o solo. Nos mesmos anos que arrasava sua própria floresta, Cuba convertia-se na principal compradora de madeira dos Estados Unidos. A cultura extensiva da cana, cultura de rapina, não só implicou a morte da mata mas também, a longo prazo, 'a morte da fabulosa fertilidade da ilha'. As matas eram entregues às chamas, e a erosão não demorava a correr seus solos indefesos; milhares de riachos secaram. Atualmente, o rendimento por hectares das plantações açucareiras de Cuba é inferior em mais de três vezes ao do Havaí22. A irrigação e a fertilização da terra constituem as tarefas prioritárias para a Revolução Cubana. Estão se multiplicando as bombas hidráulicas, grandes e pequenas, enquanto se canalizam os campos e se disseminam, sobre as castigadas terras, os adubos." 

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Trigésima segunda aula do semestre!

Aula na qual foi dada sequência à leitura da obra "GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007" especificamente a leitura do subcapítulo "Em marcha lenta nas Ilhas do Caribe". 

O elementos vistos foram os seguintes:

- como, lentamente, o Caribe foi se transformando nas Sugar (Is)lands
- a crítica de Karl Marx à lógica da monocultura:

“Pensareis talvez, senhores - dizia Karl Marx em 1848 -, que a produção de café e açúcar é o destino natural das índias Ocidentais. Há dois séculos, a natureza, que pouco tem a ver com o comércio, não tinha plantado ali nem a árvore do café nem a cana-de-açúcar.” 
(Karl Marx, Discurso sobre el libre cambio, em Miseria de la filosofla, Moscou, s.d.)

E, segundo Galeano, 

"A divisão internacional do trabalho não se foi estruturando por obra e graça do Espírito Santo, senão por obra dos homens ou, mais precisamente, por causa do desenvol-vimento internacional do capitalismo."

- Barbados, a primeira ilha que cultivou o açúcar para a exportação
- plantações horizontais (encostas dos morros) e horizontais e a não diferente sorte de Barbados se comparado com a do nordeste brasileiro
- a anterior policultura (algodão, tabaco, laranjas, vacas e porcos) e a posterior monocultura na ilha, bem como, a devastação ecológica associada
- o avanço do açúcar a sotavento: na Jamaica 1 colono para cada 10 escravos

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Trigésima primeira aula do semestre!

Através de aula expositiva dialogada e de dinâmica de roda de leitura, conforme última aula, estudou-se elementos que emergem da obra "As Veias Abertas da América Latina", de Eduardo Galeano, a saber:

- o Brasil como o maior produtor de açúcar, e, simultaneamente, como o maior recebedor de afluxo de escravos
- a sociedade colonial brasileira: Pernambuco e Bahia
- os primeiros senhores de terra do brasil
- o financiamento holandês
- o exaurimento das terras
- a dilapidação das matas (da Bahia ao Ceará (Mata Atlântica))
- as rebeliões escravas e as crise do açúcar
- a improdutividade dos solos, pois, os colonizadores só se importavam com o açúcar e a extinção de tipos vegetacionais comestíveis (semelhantemente ao que ocorreu no México e América Central (ver vigésima quinta e vigésima sétima aula do semestre)

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Trigésima aula do semestre!

Através da dinâmica da roda de leitura, do livro "As Veias Abertas da América Latina", de Eduardo Galeano, e da aula expositiva dialogada, foram estudados os seguintes elementos, que emergem da obra:

- a segunda viagem, de Colombo a América: as primeiras mudas do "ouro branco", da cana-de-açúcar (das Ilha Canárias para a República Dominicana)
- a devastação causada pelo açúcar: nas matas, solo, e homens
- os traços de três idades econômicas (mercantilismo, feudalismo e escravidão) combinados numa só: na do açúcar.
- o, por assim dizer, "nascimento" do latifúndio (monocultura, plantation) e o nordeste brasileiro como área mais rica, e, posteriormente, mais pobre em virtude disso
- a zona do rio da Prata como aquela que, entretanto, apesar de não ter este tipo de produção, não consegue se livrar do subdesenvolvimento: a carne e o couro

  

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Vigésima Nona aula do semestre!

Aula na qual, como na anterior, foi dada sequência à leitura da obra, de: GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007, especificamente a leitura do subcapítulo "Contribuição do ouro do Brasil ao progresso da Inglaterra".

Os elementos destacados pelo professor, foram:

→ o traslado do centro financeiro para Amsterdã e Londres: "Nada ficou, no solo brasileiro, do impulso dinâmico do ouro, salvo os templos e as obras de arte."
Aleijadinho e suas obras
→ a crise no Brasil, e, com isso, o surgimento dos bancos (crédito (que se mantém até hoje))
→ A lenda da Paróquia Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, sobre a qual, no livro que estamos estudando, lê-se:
A lenda assegura que na igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, de Minas Gerais, os mineiros mortos celebram ainda missa nas frias noites de chuva. Quando o sacerdote se volta, levantando as mãos do altar-mor, se vêem os ossos do rosto.
E sobre a qual, em outros lugares, lê-se sobre um crime. Foi feito um paralelo com a "Lenda do Escravo", da paróquia Nossa Senhora das Dores, de Porto Alegre

→ a cana-de-açúcar, trazida das olhas canárias, mas com "origem" no Oriente Médio e Distante e os males que esta planta exótica causava (e causa) aos solos, apesar de alguns não considerarem tais plantas tão maléficas assim  
→ a mão-de-obra (escrava) necessária para se trabalhar um um canavial
→ esse tipo de cultura e o nascimento do latifúndio (plantation
→ o cacau
→ o algodão
→ a seringueira
→ o café

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Vigésima Oitava aula do semestre!

Aula na qual, como na anterior, foi dada sequência à leitura da obra, de: GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007, especificamente a leitura do subcapítulo "Contribuição do ouro do Brasil ao progresso da Inglaterra".

Os elementos destacados pelo professor, foram:

→ O "Tratado de Methuen" e a troca de produtor agrícolas (vinho de Portugal), por produtos manufaturados (máquina e até tecidos da Inglaterra)
→ a consequente morte, na raiz, de toda o "germe" da indústria em Portugal, e, consequentemente, no Brasil. 
→ o contrabando de ouro e escravos por parte da Inglaterra e da Holanda
→ O Marques de Pombal e sua crítica à situação através da qual Portugal passava apenas a uma intermediária


segunda-feira, 2 de julho de 2018

Vigésima Sétima aula do semestre!

Aula na qual foi dada sequência à leitura da obra GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007, especificamente a leitura do subcapítulo "Vila Rica de Ouro Preto: a Potosi de Ouro".

Da leitura, foram pontuados os seguintes elementos:

→ a quantidade de ouro que foi levada embora do Brasil: "Aqui o ouro era mato"...
→ As Mina Gerais: Ouro Preto e sua riqueza comparada aos ricos de Lisboa
→ o tempo que "durava" um escravo naquelas condições extremas de trabalho: 7 anos (na "melhor" das hipóteses): a preferência pelos escravos de Guiné, em detrimento dos de Angola (bantus): a origem do preconceito racial engendrada no, por assim dizer, DNA do brasileiro...
→ a epidemia de fome na região em virtude do descuido das culturas alimentícias (1700-1713):

"os milionários tiveram que comer gatos, cães, ratos, formigas, gaviões."

→ os capitães-do-mato e os escravos fugidos...
→ a absorção de mão-de-obra negra para as áreas das minas: as outras regiões ficam "sem braços"... 

ATIVIDADE DA 2ª QUINZENA: de 16 a 27 de ago.:

INSTRUÇÃO: LEIA O TEXTO ABAIXO COM ATENÇÃO, BEM COMO, OBSERVE AS ILUSTRAÇÕES. AO FINAL DO MESMO, FAÇA O QUE SE PEDE: OS TIPOS DE MIGRAÇÃO AP...